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Consulta psiquiátrica: Quando buscar?

  • Foto do escritor: Nappe
    Nappe
  • 25 de set.
  • 5 min de leitura

Recepção do ambulatório psiquiátrico do Nappe, onde acontecem as consultas em psiquiatria

Falar sobre saúde mental ainda pode despertar muitos receios. É comum que, antes de uma consulta psiquiátrica ou psicológica, surjam dúvidas e inseguranças: “Será que vão me julgar?”, “E se acharem que eu estou exagerando?”, “E se concluírem que eu não tenho nada?”.


Esses pensamentos revelam o peso que, historicamente, ainda existe em torno do cuidado psiquiátrico.


No entanto, é essencial compreender: a consulta psiquiátrica não é um espaço de avaliação moral. O profissional está ali para acolher, compreender e ajudar — nunca para rotular ou reduzir a pessoa a um diagnóstico.


O Nappe atua como clínica psiquiátrica em Recife há mais de 30 anos, oferecendo cuidado contínuo em saúde mental através de consultas médicas, acompanhamento psicológico, terapias em grupo e Hospital-Dia. Nesta publicação, queremos te orientar sobre quando pode ser o momento de buscar uma consulta psiquiátrica e como enxergar esse cuidado de forma mais natural e acolhedora.


O atendimento psiquiátrico não é uma avaliação de moral ou performance pessoal


Em um atendimento de saúde mental, você está levando um recorte delicado da sua vida — que não define quem você é na totalidade. O objetivo da consulta não é dizer “o que há de errado” ou classificar as suas atitudes, mas sim compreender, por meio de escuta técnica e sensível, o que está te causando sofrimento.


A partir do estigma social muitas vezes podemos sentir como se a necessidade por ajuda dentro da saúde mental “não deveria existir” , como se fosse um indicativo de fracasso, contudo, buscar apoio psiquiátrico ou psicológico não é sinal de fraqueza ou inadequação. Todos nós, em algum momento, podemos enfrentar impasses que demandam suporte especializado. 


O compromisso da atuação em saúde mental é com o cuidado, não com julgamentos. Por isso, a consulta psiquiátrica deve ser vista como um espaço protegido, onde você pode falar com liberdade e confiança, sabendo que será ouvido com respeito, empatia e rigor técnico, e que o objetivo do momento não é formar conclusões sobre quem você é, mas sobre o que você está passando no campo psíquico e de que forma é possível promover uma melhora nesse contexto.


A consulta psiquiátrica não é indicada apenas em quadros graves


Um dos equívocos mais comuns é acreditar que a psiquiatria deve ser buscada apenas em situações extremas — quando já não há mais controle sobre as emoções ou quando a vida está em risco. A verdade é que, quanto antes a pessoa busque ajuda, mais efetivo e menos doloroso tende a ser o processo.


  • A consulta psiquiátrica pode ser indicada em diferentes cenários:


  • Sofrimento emocional persistente que afeta o bem-estar e as relações interpessoais


  • Ansiedade, insônia ou alterações significativas no humor


  • Crises de pânico ou medos que limitam a rotina


  • Falta de energia e perda de prazer nas atividades do dia a dia


  • Situações de estresse intenso ou mudanças de vida difíceis de elaborar


  • Dúvida sobre a necessidade de iniciar ou ajustar medicação


Não é necessário esperar que o sofrimento “atinja o limite” para procurar ajuda.


Psiquiatria e psicologia: cuidados que se complementam


Outro ponto importante é entender que o acompanhamento psicológico em terapias individuais não exclui a possibilidade de uma assistência psiquiátrica. São cuidados diferentes, com finalidades distintas, mas que podem — e muitas vezes devem — caminhar juntos.


Enquanto o acompanhamento psicológico foca no processo de autoconhecimento, elaboração emocional e fortalecimento de recursos internos, a psiquiatria pode auxiliar na regulação dos sintomas por meio da medicação, quando necessário, abrindo espaço para que o paciente consiga avançar em outros níveis do cuidado.


Essa combinação de abordagens permite um tratamento mais completo, contínuo e transformador.


Qual a função do medicamento psiquiátrico?


Os medicamentos psiquiátricos têm como principal função ajudar a regular sintomas que impactam de forma significativa a vida da pessoa — como ansiedade intensa, tristeza, alterações de humor, impulsividade ou insônia. Eles atuam como aliados no alívio do sofrimento, trazendo estabilidade emocional e funcionalidade para que a pessoa consiga lidar melhor com o dia a dia.


É importante destacar que a medicação, na maioria das vezes, não atua diretamente sobre as causas profundas do sofrimento, mas sobre suas manifestações. Isso não diminui sua relevância: em muitos casos, é justamente ela que possibilita que o paciente tenha condições emocionais mínimas para iniciar ou dar continuidade a um processo terapêutico.


Assim, o medicamento psiquiátrico deve ser entendido como uma ferramenta dentro de um plano de cuidado mais amplo. Ele abre espaço para que, com mais equilíbrio, a pessoa consiga explorar suas dores, elaborar experiências difíceis e ressignificar vivências no acompanhamento psicológico e em outras formas de suporte.


Os riscos do automedicamento e dos tratamentos prontos na internet


Diante da facilidade de acesso à informação, é cada vez mais comum que pessoas busquem soluções rápidas para o sofrimento psíquico em fóruns, vídeos e conteúdos da internet. Embora alguns desses espaços possam oferecer orientações gerais, nenhum deles substitui a avaliação individualizada de um profissional qualificado. Cada pessoa vive um contexto único, com fatores biológicos, emocionais e sociais que precisam ser levados em consideração.


O automedicamento ou o uso de protocolos genéricos sem acompanhamento podem trazer riscos sérios. Ajustar doses por conta própria, interromper o uso de medicamentos sem orientação ou iniciar fármacos sem prescrição pode causar efeitos colaterais graves, dependência ou até agravamento do quadro. Além disso, seguir tratamentos pré-definidos invalida a complexidade de cada história pessoal.


Por isso, é fundamental compreender que o cuidado em saúde mental não pode ser reduzido a receitas prontas. A consulta psiquiátrica existe justamente para construir, em conjunto com o paciente, um plano que respeite suas necessidades, seus limites e seu momento de vida.


Para além das receitas: a função mais ampla da psiquiatria


Outro ponto essencial é entender que a assistência psiquiátrica não se limita à prescrição de medicamentos. O psiquiatra tem como papel central ajudar o paciente a compreender a totalidade do sofrimento psíquico, explorando aspectos emocionais, históricos, sociais e biológicos que se entrelaçam em cada experiência.


Esse olhar ampliado permite que o tratamento vá além do “alívio dos sintomas”, alcançando também a compreensão das raízes do sofrimento. Muitas vezes, a consulta psiquiátrica se torna um espaço de reflexão e autoconhecimento, ajudando o paciente a dar sentido às próprias vivências e a se reconectar com suas possibilidades de mudança.


Assim, o cuidado psiquiátrico deve ser entendido como parte de um processo integrativo: ele pode incluir medicação, mas também orientações sobre rotina, sono, relações interpessoais, manejo do estresse e incentivo ao acompanhamento psicológico. Dessa forma, o paciente recebe suporte completo, não apenas uma prescrição.


O momento certo de buscar ajuda


Se você se encontra em dúvida sobre “quando buscar” uma consulta psiquiátrica, talvez essa já seja uma sinalização de que pode ser importante procurar apoio. Reconhecer o próprio limite, perceber sinais de sofrimento ou apenas admitir que precisa conversar com alguém preparado já é um passo valioso.


O cuidado em saúde mental não deve ser visto como último recurso ou como “um mal necessário que não tivemos escolha senão buscar” , mas como parte de uma vida mais saudável, equilibrada e consciente.


O Nappe conta com consultas psiquiátricas em Recife por meio de mais de 20 convênios de saúde, no bairro da Boa Vista, na Rua Dom Carlos Coelho, 129. 


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